Por meio do Documento Final do Sínodo dos Bispos, “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, a Igreja desafia a todos os fiéis para a construção de um ambiente eclesial que favoreça uma opção dos jovens pela proposta de Cristo. Trilhando o mesmo caminho, a Igreja no Brasil propõe um maior envolvimento e uma intensa participação de todos os setores eclesiais no debate sobre as mudanças que afetam os jovens, principalmente no que se refere à suas escolhas vocacionais. Diante dessa realidade surge um importante questionamento: qual o papel das paróquias da Arquidiocese de Maringá neste processo?
É possível afirmar que as paróquias são um elemento essencial para o auxílio da descoberta vocacional de cada jovem e para uma decisão consciente de construir um futuro de acordo com o que Deus pede. Mas para que isso aconteça é preciso que todos os sujeitos que compõem a instituição paróquia (sejam eles párocos, lideranças, coordenadores ou leigos), tenham plena consciência de sua responsabilidade em relação à animação vocacional. A partir desse processo de conscientização sobre a importância da construção de uma cultura vocacional nas paróquias, todos poderão colher inúmeros benefícios, tanto os jovens, quanto a Igreja, mas com certeza quem ganha mais é a própria paróquia, pois poderá vivenciar um profícuo processo de renovação.
Isso porque diante das mudanças da atualidade a paróquia precisa compreender a importância do seu papel e da sua função, nesse sentido. Ao entender que assumir uma atitude de promoção vocacional, em seu sentido mais amplo, proporcionará a ela uma grande possibilidade de renovação e recuperação de sua própria identidade. Assim, a paróquia poderá assumir não apenas para si, mas, principalmente no seu jeito de agir, uma dimensão vocacional que indique um caminho de renovação à ser percorrido, caminho esse que, cada vez mais, desponta como uma urgência ligada à sua própria sobrevivência. Pois já não se pode mais ser uma paróquia meio vocacional, ou uma paróquia não vocacional, pois é o próprio Jesus quem deposita em cada cristão que compõe a paróquia o seu desejo de que todos o conheçam e assumam a sua proposta de vida. (CENCINI. 2018)
É preciso levar essa discussão e essa prática para as ações paroquiais mais cotidianas. Depende de cada cristão engajado fazer com que essa cultura vocacional deixe de ser um projeto e passe a ser uma realidade em todas as paróquias da Arquidiocese de Maringá.
Referência:
CENCINI. A. Uma Paróquia Vocacional – Pedagogia da Vocação na Comunidade Paroquial. Brasília. Edições CNBB, 2018. p. 05

